Erivan Produtos do Morro é um artista cearense, atuante no movimento Hip Hop, que ganhou muita visibilidade na cena musical do estado. Iniciou sua carreira aos 15 anos de idade integrando o Conscientes do Sistema, banda de Rap do Mucuripe, que se destacou na década de 90 e início dos anos 2000.
Em carreira solo, Erivan lançou dois discos demo e o EP Bendito Som das Quebradas. Este último produzido por Tadeu Patolla no laboratório de música da Escola Porto Iracema das Artes. Gravou com grandes nomes do Rap Nacional como Dun Dun do Facção Central (SP), Moysés do A286 (SP), Pacificadores (DF) e Gaspar do Záfrica Brasil (SP), além de projetar seu trabalho internacionalmente por meio de parcerias com artistas como Hossni Boudali (Marrocos), MR. Lee G. (Brooklyn/NY) e o produtor Serge Grad (México).
Sua primeira apresentação internacional foi na cidade de Jyväskylä (Finlândia). Em Berlin (Alemanha), fez show no Badehaus e no Fusion Music Festival. Com seu projeto autoral, abriu shows de artistas renomados como Black Alien, Criolo, Emicida, Marechal, Baiana System, entre outros. Também dividiu o palco com Marcelo D2, B-Negão, Gero Camilo e com a saudosa Elke Maravilha.
Erivan venceu a VII Mostra de Música Petrúcio Maia e, em apresentação no show business da Feira da Música 2017, foi convidado pela gerente de negócios da ONErpm, Izabel Marigo, a assinar um contrato com a empresa americana de distribuição digital de músicas. Também foi um dos artistas selecionados para a primeira edição do projeto Porto Dragão Sessions, onde teve a oportunidade de gravar com um dos produtores musicais mais destacados da atualidade, Daniel Ganjamam. Recentemente, foi finalista no Festival da Música de Fortaleza, misturando rap e repente em uma canção que homenageia o violeiro Dimas Batista.
Em 2006 empreendeu uma das ações mais ousadas da sua trajetória: inaugurou na comunidade do Castelo Encantado o primeiro estúdio de Rap do Ceará. O objetivo era viabilizar seu próprio disco, mas, desde então, gravou mais de 600 músicas e produziu cerca de 50 CDs de imigrantes africanos, jovens de baixa renda e socialmente vulneráveis da capital e do interior do estado. Em 2018, o rapper lançou seu próprio selo, o Produtos do Morro Rec, e vem se dedicando a lançar outros artistas do segmento no mercado.